Compreender os elementos que afetam o preço do boi gordo e os principais sinais que determinam suas tendências é fundamental para que o pecuarista estabeleça as estratégias mais apropriadas para o seu negócio.
Safra e entressafra são estações anuais que cada vez menos determinam as grandes flutuações nos preços do gado gordo. Os picos de preço que alcançavam até 20% na entressafra, atualmente são menos expressivos e suas variações, nos últimos 10 anos, ficaram entre 7 e 10%.
Por outro lado, essa entressafra, que normalmente ocorria nos meses de junho, julho e agosto, agora, pelo fato de ser mais marcada, praticamente se repete como uma segunda entressafra entre dezembro e fevereiro. Portanto, para o pecuarista apropriar-se de melhores remunerações pelo seu gado gordo, é crível afirmar, que organizar a preparação do seu rebanho para, praticamente, todos os meses do ano, é a melhor estratégia. Apenas deve ser destacado que o mês de setembro e a primeira quinzena de outubro, tem sido o período de menores preços praticados.
Afora os aspectos de safra e entressafra, a outra variável é a reposição pelo bezerro ou boi magro. Quando esta relação de troca é mais favorável, mesmo o boi gordo estando na baixa, pode ser mais viável vende-lo e fazer a troca por um maior número de bezerros ou de bois magros.
Nesta mesma linha, a troca do boi gordo por insumos necessários para a fazenda, tais como fertilizantes, rações, medicamentos, também pode indicar que parte da boiada pode ser comercializada quando a receita resultante da venda, apropria mais insumos.
Um outro sinal, agora de médio prazo, são as cotações do mercado futuro para o boi, pois estas são sinais que balizam o mercado e que orienta aos produtores nos seus investimentos em tecnologias ou na compra de bezerros.
Por fim, todos estes apontamentos auxiliarão aquele pecuarista que tem seus registros e dados da fazenda, gerando seus próprios indicadores físicos e econômicos de base para a tomada de decisão.